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CASOS CLÍNICOS - TRAUMATOLOGIA

Fratura cominutiva do úmero

Aug 20, 2012

“Mingau”
Gato macho com 14 anos de idade

Fratura cominutiva do úmero; causa desconhecida; gato com acesso ao exterior.


1 – Imagem lateral

Fratura cominutiva do úmero.


2 – Imagem VD

Fratura cominutiva.


3 – Imagem pós-cirúrgica

Devido à idade do paciente e à gravidade da fratura (o que pressupõe grande traumatismo dos tecidos envolventes), foi decidida redução fechada por forma a minimizar a perda de células pluripotenciais e a perda de recursos vasculares. Uma das cavilhas (central) apenas melhora a aproximação de um dos fragmentos secundários ao foco de fractura para que incorpore o calo. Esta cavilha foi removida passadas 2 semanas.

Nesta imagem vemos 2 grandes fragmentos na zona de cominução. A posição dos fragmentos principais respeita o alinhamento articular enquanto no foco de fratura o espaço entre os vários fragmentos testa os limites da capacidade de cicatrização com este método e neste paciente. Apesar deste posicionamento não ser totalmente satisfatório foi decidido que não haveria mais manipulação cirúrgica.


4 – 12 semanas após a cirurgia

Observamos formação de calo ósseo com incorporação de todos os fragmentos.
O uso do membro permitiu uma vida normal com poucas limitações funcionais durante a cicatrização.


5 – 17 semanas após a cirurgia

Foi removido o fixador externo. No centro da zona de calo ósseo e deste ponto de observação (imagem lateral) observa-se ausência de tecido mineralizado. Decidimos não efectuar enxerto ósseo perante a robustez do calo que irá aumentar durante a fase de remodelação.

O tempo de cicatrização foi afectado pela idade do paciente, gravidade do traumatismo e distância entre fragmentos sub-ótima. O conforto do paciente foi excelente durante todo o periodo de tratamento. As filosofias de osteossíntese biológica são muito eficazes contra complicações graves das fraturas como a não-união e as infecções.


6 – Sete meses após a cirurgia

A fase de remodelação consolida as regiões de carga.