CASOS CLÍNICOS - ORTOPEDIA
Displasia da anca
Cão da Serra da Estrela com 6 meses de idade
1 – Imagem ventro-dorsal da anca
Nesta imagem ventro-dorsal com extensão das ancas e rotação interna dos membros posteriores podemos apreciar a fraca cobertura acetabular bilateralmente.
Este tipo de posicionamento não permite avaliar eficazmente a lassidão articular e a subluxação associada. Quando usado isoladamente no rastreio da displasia de anca em cães jovens está associado a erros de diagnóstico.
2 – Anca em distracção
Nesta vista distractiva (Fluckiger) podemos apreciar a elevada lassidão articular. Estas observações associadas aos sintomas de desconforto e dor nas articulações conferem o diagnóstico de displasia congénita da anca (sintomática neste caso).
3 – Vista do bordo acetabular dorsal
Esta vista permite-nos avaliar a conformação do bordo acetabular dorsal o que é fundamental para poder decidir sobre a viabilidade de técnicas cirúrgicas que dependem da rotação acetabular, como é o caso da osteotomia pélvica tripla. Neste caso a técnica pode ser aplicada.
4 – Vista ventro-dorsal pós-cirúrgica
Neste caso optámos por osteotomia pélvica tripla na articulação coxo-femoral direita e plastia do bordo acetabular dorsal na esquerda. Podemos observar a boa cobertura acetabular conferida por estas técnicas. Na altura em que foi efectuada esta imagem e após 10 semanas da cirurgia o membro dominante em termos de apoio é o esquerdo.
5 – Vista pós-cirúrgica do bordo acetabular dorsal
Podemos visualizar o enxerto ósseo no seu processo de fusão ao acetábulo esquerdo.
Esta fusão estará na maioria dos casos concluida após 12 a 16 semanas.